Ministério da Saúde alerta para a alta das arboviroses


Com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de dengue, chicungunha e zika tende a aumentar.

Até a semana epidemiológica 48, que terminou no dia 2 de dezembro, o Brasil registra aumento de 15,8% nos casos de dengue em 2023 (1.601.848), quando comparado ao mesmo período de 2022 (1.382.665). Em relação aos óbitos, houve aumento 5,4% em 2023 (1.053), com relação ao mesmo período de 2022 (999).

O cenário chama a atenção especialmente por causa da circulação este ano do tipo 3 da dengue, que estava há anos sem fazer grandes surtos no Brasil.

Como parte das ações de enfrentamento a essas arboviroses, o Ministério da Saúde investirá R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção para reduzir a transmissão das doenças.

Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas. Cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados para oferecer melhor atendimento, vigilância e controle de arboviroses.

Do valor total do investimento, R$ 111,5 milhões serão efetivados até o fim deste ano, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti. Desse total, R$ 39,5 milhões vão para Estados e o Distrito Federal; outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o País.

Na sexta-feira (8), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançou a campanha de conscientização Combate ao mosquito: para fazer diferente, precisamos agir antes. A iniciativa será veiculada na TV aberta, nas redes sociais e em locais de grande circulação de pessoas em todo País.

VACINA

A análise da vacina Qdenga está sendo feita pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

O Ministério da Saúde diz que monitora atentamente as novas tecnologias que podem auxiliar no enfrentamento às doenças e abriu consulta pública, na sexta-feira (8), sobre a proposta de incorporação do imunizante no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Conitec deu recomendação inicial favorável à incorporação para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), ao considerar as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença.

As contribuições serão organizadas e avaliadas pela comissão, que emitirá uma recomendação final.

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