Belmonte: TCE-PE reforma Parecer e recomenda aprovação das contas de 2016 de Marcelo Pereira

Na 11ª Sessão Ordinária do Pleno do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), realizada em 17 de abril, foi analisado um Recurso Ordinário interposto pelo ex-prefeito de São José do Belmonte, Eugênio Marcelo Pereira Lins, contra o Parecer Prévio proferido pela 2ª Câmara do Tribunal, referente ao exercício financeiro de 2016.

O relator do processo, Conselheiro Carlos Neves, em seu voto, destacou diversos pontos relevantes. Primeiramente, ressaltou o respeito aos limites constitucionais de aplicação de recursos na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica e nas ações e serviços públicos de saúde, assim como o nível de endividamento. Além disso, evidenciou que houve o recolhimento integral das contribuições devidas ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

No contexto da análise global das contas de governo, levando em consideração os Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade, o relator considerou que o contexto apresentado merece ressalvas, indicando a reforma do Parecer Prévio emitido anteriormente.

“Considerando que, no âmbito de uma análise global, demandada nas contas de governo, e à luz dos Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade, o contexto apresentado nos autos originários é merecedor de ressalvas”, escreveu o relator em seu voto.

Assim, o Tribunal decidiu, preliminarmente, conhecer do processo de Recurso Ordinário e, no mérito, dar-lhe provimento. A recomendação é pela reforma do Parecer Prévio, sugerindo à Câmara Municipal de São José do Belmonte a aprovação com ressalvas das contas do ex-prefeito Marcelo Pereira referentes ao exercício financeiro de 2016.

“Em preliminarmente, conhecer do presente processo de REcurso Ordinário e, no mérito, dar-lhe provimento, para reformar o Parecer Prévio emitido nos autos do Processo TCE-PE nº 17100101-1,recomendando à Câmara Municipal de São José do Belmonte a aprovação com ressalvas das contas de Eugênio Marcelo Pereira Lins, relativas ao exercício financeiro de 2016”, votou o relator. Leia aqui a íntegra do Acórdão. (Blog Nill Júnior)

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Solidariedade segue inativo em Serra Talhada, aponta TRE

O Solidariedade, partido liderado pela ex-deputada Marília Arraes em Pernambuco, sequer existe de fato em Serra Talhada. Não há registro nenhum de formação de diretório, mesmo o médico Waldir Tenório se apresentando como presidente.

Documentos vistoriados pelo Farol, revelam que o Diretório Municipal do SD está vencido desde 31 de dezembro de 2020. Ou seja, até então o partido encontra-se inativo em Serra Talhada, de acordo com o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O fato é relevante porque há uma expectativa muito grande no cenário político local, para que a sigla apoie o projeto de reeleição da prefeita Márcia Conrado.

Nos bastidores, circulam informações que o apoio ainda não aconteceu também por esta razão. Entretanto, Tenório já se comporta como um dos principais cabos eleitorais da prefeita, complicando ainda mais a vida do deputado Luciano Duque.

Procurado pela reportagem do Farol, Waldir tentou minimizar o problema. “Serra Talhada tem diretório, sim, está pronto, esperando só o TRE subir, não faz de imediato, pede prazo. Será que estão procurando criar assunto. Acho que até o final da semana isso estará resolvido. A própria Marília Arraes nos autorizou a dar o comando na legenda aqui. Isso não tem pé e nem cabeça. Está tudo sob controle, como sempre esteve”, reforçou Tenório. A informação é do Farol de Notícias. 

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“Eu sempre soube que essa decisão viria”, diz Danilo Simões sobre apoio de Raquel Lyra

Em uma entrevista exclusiva concedida ao programa Rádio Vivo da Rádio Pajeú nesta segunda-feira (22), Danilo Simões, pré-candidato à prefeitura de Afogados da Ingazeira pela oposição, discutiu detalhes sobre o apoio oficial recebido da governadora Raquel Lyra, ressaltando a importância desse respaldo para sua campanha e para o futuro governo municipal.

O anúncio do apoio veio após intensas negociações e alinhamentos políticos, marcando uma nova fase na corrida eleitoral do município. Simões destacou que sua candidatura sempre esteve alinhada com o campo da oposição local, e a decisão de receber o apoio da governadora foi estratégica, considerando o contexto político do estado.

“Desde o lançamento da minha pré-candidatura, deixei claro que estaríamos no campo da oposição em Afogados da Ingazeira, e isso naturalmente nos levou a buscar apoio dentro desse espectro político. A decisão de receber o apoio da governadora Raquel Lyra foi uma escolha consciente, considerando o alinhamento de nossos projetos políticos e a necessidade de fortalecer a oposição no município. Eu sempre soube que em algum momento essa decisão viria”, afirmou Simões.

A entrevista também abordou o processo de formação das chapas para vereadores, evidenciando o trabalho conjunto dos partidos aliados. Simões ressaltou a importância de construir uma chapa competitiva, com candidatos que representem diferentes setores da sociedade e estejam comprometidos com o desenvolvimento de Afogados da Ingazeira.

Além disso, o pré-candidato não deixou de mencionar os desafios enfrentados pela governadora Raquel Lyra em sua gestão, reconhecendo as dificuldades enfrentadas, mas expressando confiança em sua capacidade de superação e na entrega de resultados positivos para o estado.

“Entendo que a avaliação da governadora ainda é prematura, e há muito trabalho a ser feito. A população de Afogados da Ingazeira está interessada em propostas concretas para o futuro do município, e é isso que estamos focados em oferecer”, destacou.

Quanto à possibilidade do apoio de Mário Viana Filho, presidente do PSDB municipal, Danilo mencionou que desde o início houve conversas e até um convite por parte de Mário para que ele se filiasse ao partido.

“Deixei claro que qualquer decisão minha passaria pela oposição em Afogados da Ingazeira e não estava claro por parte de Mário os rumos que o PSDB local iria seguir”, destacou Danilo.

Danilo também ressaltou a importância de separar os papéis institucionais de Mário Viana, que está na Casa Civil, e sua atuação política local. Embora tenha expressado sua disposição para alinhar esforços com Mário, a decisão final sobre o posicionamento do PSDB local agora está nas mãos deste último.

Com o apoio consolidado e uma chapa robusta de vereadores, Danilo Simões e sua equipe se preparam para uma campanha eleitoral focada em propostas e no diálogo com a população, visando construir um futuro promissor para Afogados da Ingazeira. A expectativa é de uma disputa acirrada, mas também de um processo eleitoral democrático e transparente, onde as ideias e os projetos para o município sejam colocados em primeiro plano.

 

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Waldir não confirma decisão do Solidariedade a favor de Márcia: “Está nas mãos de Marília”

Apesar de ter comparecido à festa da aliança entre a prefeita Márcia Conrado e o Avante de Sebastião Oliveira no último sábado (06), o médico Waldir Tenório não confirmou ter ido ao evento por orientação oficial da presidente estadual do partido, Marília Arraes. Pelo contrário, Dr Waldir disse que foi ao evento por se tratar de um ato aberto ao público, não precisando pedir licença a ninguém para comparecer.

A declaração foi dada durante entrevista à bancada do Programa do Farol, neste sábado (13). “No Maria’s [local do evento] não pedia credencial para entrar não, o deputado [Luciano Duque] poderia ter comparecido também, qual o problema? Eu não estou conseguindo entender onde eu tenho que pedir licença para ir em um local onde a abertura é pública”, disse Waldir, que vem sendo criticado por estar forçando a barra para que o Solidariedade se junte ao palanque de Márcia e negue legenda a Luciano Duque, pré-candidato a prefeito pelo partido.

Questionado se Marília Arraes não já deveria ter tomando uma decisão sobre os rumos do SD em Serra Talhada para as eleições desse ano, até mesmo para ajudar a defendê-lo das críticas que vem recebendo por supostamente está forçando a barra para desembarcar na base da prefeita, Waldir foi categórico: “Eu não preciso de Marília para me defender não, eu sou bem crescidinho”, disse ele, que ainda negou que esteja negociando cargos no governo Márcia em troca de apoio.

Provocado acerca da pré-candidatura a prefeito de Luciano Duque pelo partido, Waldir disse que está focado apenas na montagem da chapa proporcional de vereadores a pedido de Marília. “A minha incumbência é montar uma chapa proporcional, e a gente montou uma chapa competitiva, com dezoito candidatos, com chances iguais de se eleger”, disse ele, deixando claro que a decisão sobre a majoritária ainda está sendo resolvida nas instâncias superiores por Marília Arraes.  “Eleições majoritárias, ‘Waldir, aguarda que a gente está resolvendo aqui de cima’. Na hora certa a presidente vai se pronunciar e dizer a nossa decisão é essa”, revelou.

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TCE recomenda aprovação das contas de 2021 de Rorró Maniçoba

O Tribunal de Contas de Pernambuco, através de sua Segunda Câmara, emitiu Parecer Prévio recomendando à Câmara Municipal de Floresta a aprovação com ressalvas das contas da prefeita Rosângela de Moura Maniçoba Novaes Ferraz, relativas ao exercício financeiro de 2021.

Além da prefeita Rorró Maniçoba, são interessados no processo nº 221005845 , Eziuda Maria de Sousa e Janaína Myrna da Silva. A análise da prestação de contas ocorreu  na sessão da Segunda Câmara da última quinta-feira (04), com parecer unânime pela aprovação com ressalvas, considerando a atipicidade do período em virtude da Covid-19.

A partir de agora a prestação de contas será encaminhada para análise e apreciação da Câmara Municipal de Vereadores, que tem competência para acatar ou discordar do parecer do TCE. A relatoria do processo foi do conselheiro Marcos Loreto.

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TCE recomenda aprovação com ressalvas das contas de 2021 de Sávio Torres

O Tribunal de Contas de Pernambuco, através da Primeira Câmara, emitiu parecer prévio recomendando à Câmara Municipal de Tuparetama a aprovação com ressalvas das contas do prefeito Domingos Sávio da Costa Torres, relativas ao exercício financeiro de 2021.

O parecer, à unanimidade, foi emitido na sessão da Primeira Câmara desta terça-feira (09), sob a relatoria do conselheiro Carlos Neves.

Além do prefeito Sávio Torres, são interessados no processo de prestação de contas, Diógenes José da Silva, Elizabeth Gomes de Freitas Silva e José Josivaldo Rufino da Silva.

A partir de agora o parecer será encaminhado para análise e votação da Câmara de Vereadores de Tuparetama. Apesar das ressalvas, o tribunal apontou as dificuldades enfrentadas pelo município em 2021, considerando o período atípico provocado pela pandemia da Covid-19.

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Aprovado regime estatutário dos agentes de saúde e de endemias de Afogados da Ingazeira

A Câmara de Vereadores de Afogados da Ingazeira aprovou na sessão desta terça-feira (9) o Projeto de Lei Complementar nº 05/2024, de autoria do Poder Executivo, que institui o regime jurídico e administrativo estatutário dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias no município.

A votação do projeto no Plenário Cirene de Lima Alves foi acompanhado por dezenas de agentes de saúde e de endemias convocados pelo SINDRACS – Sindicado Regional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias do Estado de Pernambuco, sendo aprovado por unanimidade pela casa legislativa.

O blog conversou com o presidente do SINDRACS, Jota Oliveira, e com o presidente da Câmara Municipal, Rubinho do São João, sobre a aprovação do projeto. Na oportunidade, Rubinho comentou ainda a filiação ao PSB do prefeito Alessandro Palmeira.

Confira a entrevista:

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Sem Soraya, oposição define chapa em Flores

O blog tomou conhecimento neste final de semana que a ex-prefeita Soraya Morioka não disputará as eleições desse ano em Flores. A decisão de Soraya era aguardada pela oposição, mas a ex-gestora optou por continuar se dedicando à família.

Com a saída de Soraya do páreo e a ida de Onofre para a base governista, a oposição precisou construir um plano b para enfrentar o nome que será indicado para a sucessão de Marconi Santana.

A chapa oposicionista será encabeçada pelos vereadores Adeilton Patriota e Nezinho de Fátima. O detalhe é que Adeilton Patriota disputará pelo Solidariedade de Marília Arraes.

Do lado governista, Marconi Santana ainda não oficializou o nome que será ungido para a sucessão, mas nos bastidores políticos da cidade já é certo que o indicado será o comerciante Ivan do Mercado. Há quem aposte que também poderá ser Giba, irmão do ex-vereador Alberto Ribeiro, morto em 2020 em decorrência da Covid-19.

No entanto, pelo que o blog apurou, é provável que o ungido seja mesmo Ivan do Mercado, uma vez que Giba tem todo potencial para assegurar uma vaga na Câmara Municipal, herdando as bases de Alberto, o que seria mais viável para o grupo de Marconi.

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Vereadores do Avante não sobem no palanque de Márcia

Além da ausência de Marília Arraes, outras duas ausências foram sentidas no evento de apoio à reeleição de Márcia Conrado na manhã de hoje em Serra Talhada.

Os vereadores e principais nomes do Avante na cidade, André Maio e André Terto, além do ex-vereador Antônio de Antenor, não seguiram a decisão de Sebastião Oliveira e Waldemar Oliveira de marchar com o PT nas eleições de outubro.

Nem André Maio e nem André Terto estiveram no evento realizado na Concha Acústica. Já Antônio de Antenor se filiou ao PRB e ficará na base de Luciano Duque.

Sem as três principais lideranças do partido, o Avante levou apenas nomes sem expressividade para o palanque da petista, que só recorreu à aliança com os Oliveira para tentar atrair o Solidariedade para sua base, dificultando a candidatura de Luciano Duque.

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Marília não comparece a ato de apoio a Márcia

Frustrando as expectativas dos governistas em Serra Talhada, a ex-deputada federal Marília Arraes não compareceu ao ato de apoio à reeleição da prefeita Márcia Conrado neste sábado (6), com a oficialização do apoio do Avante.

A presença dela enquanto presidente estadual do Solidariedade era tida como certa pelos defensores da prefeita e pelos integrantes do Avante, sendo confirmada ontem pelo deputado Waldemar Oliveira em entrevista ao comunicador Francys Maya.

Apesar da euforia dos marcistas e sebastianistas, Marília não apareceu, não mandou nenhuma declaração de apoio para rodar no evento e sequer postou uma linha nas redes sociais. Ela optou por ficar em Câmaragibe ao lado do primo Pedro Campos, no ato de apoio ao pré-candidato Paulo André. O médico Dr Waldir estava presente, mas pelo que parece nem ele sabe quais são os planos da galega na Capital do Xaxado.

Importante frisar que os marcistas não toleram Marília. Há poucos dias atacavam a ex-deputada abertamente nas redes sociais, apelidavam de Marília Arroz, e repetiam a frase dita pela prefeita Márcia: a política precisava de mulheres, mas não “qualquer mulher”. No domingo de eleição em 2022, apoiadores e subordinados de Márcia atacaram Marília e Sebastião de forma baixa na Aeset. Marília estava grávida na ocasião da terceira filha, Madalena. Nem a gestação avançada impediu a fúria dos governistas, numa demonstração de política rasteira e antiquada.

Voltando ao ato deste sábado,  não foi apenas Marília que não deu as caras, os Campos também não vieram ao palanque de Márcia. Nem João e nem Pedro. Assim como a governadora Raquel Lyra, que também não deu as caras. A governadora, aliás, deve está com uma pulga enorme atrás da orelha.

NEM O PT FOI – O blog confirmou que a presidente municipal do PT, Cleonice Maria, não compareceu ao evento. Ela disse que não se identifica com a aliança com o Avante. Além disso o Diretório Municipal do PT não foi avisado da aliança PT e Avante em Serra.

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Antônio de Antenor deixa o Avante e se une a Duque

O ex-vereador Antônio de Antenor deixou o Avante de Sebastião Oliveira para disputar as eleições pelo grupo do deputado estadual Luciano Duque em Serra Talhada.

Em entrevista ao Blog Juliana Lima, Antônio confirmou que se filiou ao PRD nesta sexta-feira (05) por não ter as condições solicitadas atendidas pelo Avante, incluindo a permanência de Pinheiro do São Miguel no partido. “Como Pinheiro ficou no Avante, eu estou buscando as melhores condições para garantir meu mandato, então tomei uma decisão, estou filiado ao PRD e agora vou apoiar Duque”.

Sobre apoio aos irmãos Oliveira em 2026, Antônio disse ter vontade de continuar com Waldemar para federal, mas nada está definido. “Waldemar, tenho a vontade de votar nele, e Sebastião também, mas se eles não quiserem, tem quem queira”, disse.

 

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Justiça nega suspensão dos direitos políticos de Flávio Marques

O juiz de direito, Dr. Jorge William Fredi, da Vara Única da Comarca de Tabira, emitiu uma sentença que absolveu o ex-secretário Flávio Marques de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco.

A ação, que tinha como base denúncias do ex-prefeito Dinca Brandino e do atual Secretário da Fazenda, Gleisson Rodrigues, buscava responsabilizar Marques por prática de improbidade administrativa, com pedido de tutela de urgência.

No processo, o MP alegava que Marques estaria cumulando indevidamente cargos e funções públicas, buscando sanções civis listadas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), incluindo a suspensão dos direitos políticos por 8 a 10 anos, além de outras penalidades como perda da função pública, multa civil e proibição de contratar com o poder público.

Flávio Marques, ex-secretário de Administração, contestou as alegações, argumentando a ausência dos elementos necessários para caracterização da improbidade administrativa, destacando a falta de dolo e o inexistente ato de improbidade administrativa. Em sua defesa, assinada pelo advogado Klênio Pires de Morais, requereu a rejeição da ação.

Na sentença, o magistrado enfatizou que “diante da falta de fim ilícito comprovado perseguido pelo requerido, inexistente é o ato de improbidade administrativa”, concluindo pela improcedência dos pedidos iniciais.

“Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE os pedidos da inicial, com fulcro no art. 487, I, do CPC, do CPC e artigo 17-C, §§ 1ª e 11, da lei 14.230/2021, para absolver o requerido FLÁVIO FERREIRA MARQUES.”

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Pronto socorro foi abandonado seis meses após Márcia festejar obras do hospital filantrópico

A polêmica envolvendo o Pronto Socorro São José continua rendendo em Serra Talhada. No começo da tarde, a secretária de Saúde, Lisbeth Rosa, tentou isentar a própria gestão da responsabilidade pela destruição do hospital pertencente à família do ex-deputado Augusto César.

Na nota que publicamos anteriormente, a secretária alega que tentou resolver a situação e devolver o hospital, porém o proprietário não teria cedido. A justificativa da secretária não se sustenta, uma vez que a própria prefeita Márcia Conrado havia anunciado no final de 2021 que as obras do hospital filantrópico estavam avançadas dentro da estrutura do Pronto Socorro São José.

Ou seja, como a secretária iria devolver o hospital aos proprietários se a prefeita estava fazendo uma obra de adequação no prédio para inaugurar o hospital filantrópico, uma das principais promessas de campanha dela?

Veja o que a prefeita Márcia escreveu em dezembro de 2021 ao visitar as obras do hospital filantrópico dentro do Pronto Socorro São José. Na ocasião ela estava acompanhada do ex-prefeito Luciano Duque:  “Como todos sabem cuidar das pessoas faz parte de minha missão de vida e encontrei na saúde a forma de me manter firme nesse propósito de olhar para o próximo, por isso, hoje fiz questão de vê de perto as obras do Hospital Filantrópico que irá funcionar aqui em Serra Talhada. Acompanhada pelo ex-prefeito Luciano Duque, vistoriei cada canto, observando cada detalhe, porque sei que quando assumi o compromisso de cuidar das pessoas, assumi a responsabilidade de entregar sempre o melhor e podem ter certeza a rede de saúde municipal de Serra Talhada irá cada vez mais seguir em frente, a passos largos garantindo saúde de qualidade a todos os serra-talhadenses”, afirmou Márcia à época.

O que a gestão Márcia precisa explicar à população e aos órgãos fiscalizadores é como ela usou recursos públicos para reformar um prédio e poucos meses depois deixou o local completamente sem vigilância, a mercê de vândalos e saqueadores? Por que a prefeita comemorou o avanço das obras do hospital filantrópico em dezembro de 2021 e ignorou que o prédio fosse saqueado inúmeras vezes a partir do segundo semestre de 2022? Quem será responsabilizado pelo dinheiro público investido que foi desperdiçado?

NO DIA 23/12/2021 A PREFEITA MÁRCIA VISITOU AS OBRAS DO HOSPITAL FILANTRÓPICO QUE ESTAVAM AVANÇADAS DENTRO DO PRONTO SOCORRO SÃO JOSÉ. A OBRA FOI MISTERIOSAMENTE ABANDONADA POUCOS MESES DEPOIS E O PATRIMÔNIO PÚBLICO FOI DEPREDADO. CONFIRA: 

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Em nota, secretária nega culpa por depredação do Hospital São José no governo Márcia

Após a entrevista exclusiva concedida pelo médico Dr Júlio César ao Blog Juliana Lima, a Secretaria de Saúde de Serra Talhada enviou nota ao comunicador Francys Maya negando a responsabilidade do governo Márcia na depredação do Pronto Socorro São José.

Assinada pela secretária de Saúde, Lisbeth Rosa, a nota da prefeitura culpa o ex-prefeito Luciano Duque é a própria família do ex-deputado Augusto César pelo problema do hospital, usado pela prefeitura durante a pandemia.

Curiosamente, a secretária de Saúde não explicou o motivo do hospital ser constantemente vandalizado desde 2022, mesno estando sob sua responsabilidade.

Veja a nota:

A questão do Pronto Socorro São José é um impasse originário no período da gestão anterior, abrimos o diálogo para resolutividade, temos diversas atas de reuniões e sempre pautadas na solução da entrega do imóvel.

Porém, o proprietário não acatou, em virtude de acordos pactuados em período de gestão anterior. Realizamos toda a reforma predial e foi periciada pelo técnico responsável, e desde então, estamos abertos para diálogo com os familiares, dentro da razoabilidade e dos ditames legais.

Ressaltamos que o imóvel em questão, foi utilizado em uma pequena parte inferior, via requisição administrativa no período de calamidade pública – COVID-19 – sendo indenizado via mensal, e não a via contratual.
Do mesmo modo, sempre foi realizado os pagamentos de forma adimplente.

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Família de Augusto César rompe o silêncio e cobra de Márcia prejuízo milionário causado ao Pronto Socorro São José

EXCLUSIVO 

O Blog Juliana Lima conversou com exclusividade com o médico oftalmologista e irmão do ex-deputado Augusto César, Dr Julio Cesar Elihimas de Carvalho, representante da família de Dr José Alves, proprietária do Pronto Socorro São José, em Serra Talhada.

Sob a responsabilidade da Prefeitura de Serra Talhada desde o segundo semestre de 2020, ainda na gestão do ex-prefeito Luciano Duque, quando foi locado para abrigar os leitos de retaguarda da Covid-19, o Pronto Socorro se encontra  hoje em situação de calamidade após sofrer um série de invasões, furtos e depredações a partir de 2022,  já sob a responsabilidade do governo de Márcia Conrado.

Falando em nome dos demais membros da família, Dr Júlio César rompeu o silêncio e disse que a família não admite mais ser ignorada pela gestão da prefeita Márcia Conrado, responsável por deixar o hospital ser vandalizado desde 2022, gerando um prejuízo de cerca de R$ 2,5 milhões com estrutura física, elétrica, hidráulica e equipamentos médicos. Além desse prejuízo, a família também está sem receber o valor da indenização mensal pela locação do prédio desde julho de 2022, no valor de R$ 30 mil mensais.

Dr Júlio relatou que o hospital foi cedido ao município via decreto para ajudar no combate à Covid-19, mas deveria ser devolvido aos proprietários com o final da pandemia. No entanto, em julho de 2022, quando a Covid-19 já estava controlada, a secretária de Saúde do governo Márcia, Lisbeth Rosa, tentou devolver o hospital aos proprietários utilizando um termo de devolução ilegal, constando no documento a ata de uma reunião fictícia entre as partes datada para acontecer um mês depois. “Eu não participei da reunião, não estava de acordo com o combinado pelo município que tinha feito um investimento no hospital. É mentira a reunião, eu não fui. Inventaram uma reunião para eu assinar o documento”, afirmou.

Enquanto inventariante da família, Dr Júlio César conta que se recusou a assinar o documento e procurou a prefeita Márcia para pedir a resolução do problema, uma vez que não estava ciente de todas as alterações realizadas no hospital, conforme constava no termo devolutivo. Nessa ocasião, a prefeita se comprometeu em mandar fazer um termo correto para devolução do prédio e assinatura de um novo contrato, uma vez que pretendia implantar um hospital filantrópico nas instalações, conforme havia prometido na campanha eleitoral de 2020.

“Márcia me disse, Julhinho, eu quero apenas noventa dias para o hospital filantrópico está funcionando, faltava só resolver uma questão da liberação dos bombeiros, mas nós vamos funcionar, e nesses três meses de transição nós assumimos [a locação], não via mais secretaria, mas fique tranquilo que a gente vai cumprir o combinado e em seguida já assume a filantrópica, então eu fiquei aguardando”, contou Dr Júlio. Segundo ele, após a reunião, a prefeita mandou refazer o termo devolutivo e redigir o novo contrato de locação do hospital, sendo feita uma minuta do contrato que seria assinado ao final de 90 dias.

No entanto, passados os três meses combinados, o governo não pagou o aluguel [R$ 90 mil total] e não deu mais justificativa à família proprietária. E para piorar, deixou o hospital sem qualquer vigilância, facilitando a invasão de ladrões e vândalos, conforme diversos boletins de ocorrência prestados pela família na Delegacia de Polícia Civil. Há, inclusive, um boletim de ocorrência prestado contra o município de Serra Talhada por negligência no caso. Ainda segundo o médico, durante os vários ataques ao prédio do hospital, solicitou apoio jurídico da prefeitura, mas foi completamente ignorado pelo governo Márcia.

Vendo o patrimônio da família ser vandalizado constantemente, Dr Júlio relatou que tentou inúmeras vezes falar com a prefeita Márcia Conrado e com a secretária Lisbeth Rosa para que elas resolvessem o problema, mas foi ignorado por elas. Enquanto isso, a Secretaria de Saúde tentou forçar a devolução do prédio já totalmente destruído e sem os equipamentos médicos. Ao testemunhar a destruição dentro do hospital, Dr Júlio se recusou a receber o prédio sem uma reforma obrigatória, ocasião em que a secretária Lisbeth Rosa teria dito que ‘nada do pronto socorro tinha serventia mesmo’, mesmo tendo utilizado as instalações e os equipamentos do local por quase dois anos. “Lisbeth disse que o que tinha no pronto socorro não valia nada”, disse Dr Júlio.

Ele continua o relato afirmando que apesar da gravidade da situação, Márcia só concordou em conversar com ele um ano depois, por intermédio do vereador Gin Oliveira. “Simplesmente abandonaram o hospital, a secretária de saúde abandonou. Eu pedi uma reunião com a secretária e a prefeita, esperei muito tempo, foi aí que começaram a marcar reunião com elas, mas quando eu chegava lá era informado que elas tinham viajado, sendo colocadas pessoas para me receber que não sabiam de absolutamente nada do assunto. Eu ouvi até o absurdo deles dizerem o hospital não é de vocês. E eu só consegui falar com Márcia após os assaltos com um ano depois, depois de um ano é que ela me recebeu”, contou Dr Júlio, mostrando uma lista imensa de tentativas de contato com a prefeita e com a secretária particular dela, Marisa.

Ao ser cobrada pelo abandono e destruição do hospital, a prefeita delegou a Gin Oliveira a responsabilidade de colocar segurança no prédio para evitar novas invasões, porém o segurança contratado só aparecia durante a noite, enquanto isso o hospital era vandalizado no período do dia. Disse também que o segurança contratado por Gin ligou para ele [Dr Júlio] cobrando o pagamento pelo serviço, alegando que não havia recebido da prefeitura.

“Márcia delegou a Gin para botar vigia, mas ele só botou à noite, mas durante o dia permanecia sem vigia, e os ladrões continuavam entrando até roubarem tudo do hospital, e o vigia ainda me ligou cobrando pagamento”, lamentou o médico.

“É um desrespeito à memória do meu pai, que trabalhou por 50 anos naquele hospital, um verdadeiro descaso. Eu só peço que elas [Márcia e Lisbeth] me atendam para resolver ou assumir que não pretendem resolver nada. A família vem me cobrando e eu preciso de uma definição se vão devolver ou não”, desabafou Dr Júlio.

O OUTRO LADO

O blog entrou em contato com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Serra Talhada solicitando a versão do município acerca dos fatos. O espaço está aberto para a gestão se manifestar, caso queira comentar as acusações.

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