Coluna Âncora Política – Bolsonaro não está acima da lei

Ninguém aguenta mais ouvir falar na novela interminável que envolve Bolsonaro. De um deputado irrelevante, que pouco ou nada contribuiu para a construção do país, a um presidente desequilibrado que isolou o Brasil do cenário internacional e deixou como herança mais de 700 mil covas abertas durante a pandemia, Bolsonaro ainda é tratado por muitos como um ungido por Deus. Cada um tem direito à sua fé e às suas crenças, mas é difícil aceitar a devoção cega que transforma um político em entidade sagrada, imune a críticas, erros e consequências.

Bolsonaro não está acima da lei. Como qualquer brasileiro, ele precisa responder pelos próprios atos e obedecer às decisões judiciais. Desde que foi colocado em prisão domiciliar em agosto, usando tornozeleira eletrônica como medida cautelar por tentar atrapalhar as investigações da trama golpista, ele e seus aliados vêm desrespeitando ordens judiciais. Drones flagraram aliados utilizando celulares ao lado do ex-presidente. Os filhos fazem lives dentro da residência. Mesmo com a proibição de aglomerações na porta do condomínio, Flávio Bolsonaro convocou vigília no local. Além disso, o próprio Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica ao tentar retirá-la com um ferro de solda, o que configura descumprimento claro das cautelares.

Também não cola a tentativa orquestrada por aliados de pintar Bolsonaro como um idoso frágil à beira da morte, praticamente com os dois pés na cova, para evitar que ele cumpra prisão. É possível que tenha problemas de saúde, mas boa parte dos detentos do país enfrenta doenças graves, incluindo câncer, e nem por isso está isenta de cumprir pena. Portanto, não há justificativa para conceder a Bolsonaro um tratamento privilegiado. O fato de ter sido presidente da República não o coloca acima da lei nem o transforma em alguém especial perante o sistema de Justiça.

Se o Judiciário entender que ele deve cumprir prisão, seja em sala especial na sede da Polícia Federal, com todo o conforto que já tem, seja na Papuda, ele terá de cumprir. Condições para isso não lhe faltam. Caso contrário, o Judiciário teria de rever a situação de milhares de presos mantidos há anos em celas superlotadas, insalubres e sem qualquer dignidade. Bolsonaro não é melhor do que ninguém. Na verdade, é pior do que muitos.

Além de pesado, ausente

Anunciado há 20 dias como o deputado estadual do prefeito Sandrinho e do vice Daniel Valadares, Waldemar Borges segue ausente de Afogados. Ainda não apareceu na cidade, não agradeceu publicamente o apoio nem abriu diálogo com os aliados locais. Segundo governistas, essa distância tem gerado resistência dentro do próprio grupo, dificultando o esforço de Sandrinho para consolidar e ampliar a base de apoio em torno do nome do parlamentar.

Chove não molha

A novela entre a categoria da educação e o governo Sandrinho Palmeira não avançou um milímetro. A gestão insiste em tentar legalizar o uso de recursos do Fundeb para tapar o rombo da Previdência em Afogados, mesmo após sucessivas manifestações do TCE afirmando que a prática é ilegal. O governo segue teimando que pode, enquanto o Sindupron e a associação dos professores continuam evitando acionar a Justiça Federal, instância responsável para julgar o caso. Sem essa judicialização, tudo permanece no chove e não molha, e o dinheiro do Fundeb segue longe de cumprir sua finalidade básica, que é valorizar os profissionais da educação.

Dança das cadeiras

O prefeito de Tabira, Flávio Marques, deve promover uma mudança radical na equipe de governo até o fim do ano, com uma reestruturação que promete atingir várias áreas da gestão e envolver a troca de secretários, diretores e coordenadores. Oficialmente, o governo ainda não confirma a reforma nem revela quais setores serão atingidos, mas nos bastidores já tem gente balançando na cadeira, segundo apuração do comunicador Júnior Alves, da Cidade FM. A dúvida é a razão da vassourada. Se o governo prega que está caminhando bem, com aprovação nas alturas, por que mudar ainda no primeiro ano de governo?

Saia justa

A decisão do deputado federal Fernando Monteiro de deixar o Republicanos de Silvinho para se filiar ao PSD de Raquel Lyra coloca a prefeita Márcia Conrado em uma saia justa em Serra Talhada. Ao migrar para um partido que deve se posicionar como adversário de Lula em 2026, Monteiro se afasta de vez da base lulista e dificulta ainda mais a missão de Márcia de garantir uma boa votação pra ele, sobretudo porque a base governista local já virou as costas ao deputado e apoia outros nomes, como Charles de Tiringa. Sem poder apresentá-lo como aliado de Lula ao eleitorado, resta saber se a prefeita seguirá com o caceteiro ou escolherá outro federal.

Foi cuspir pra cima…

A adesão de Fernando Monteiro ao PSD de Raquel também sobrou para o vereador serra-talhadense Rosimério de Cuca, que havia dito há poucas semanas que não apoiaria aliados de Raquel em 2026. Agora deu ruim pro “hora extra”, que na última semana abandonou Charles e voltou pro palanque de FM, cedendo às articulações de Márcia, que tenta reorganizar suas bases. Ou Rosimério volta pra Charles ou engole o orgulho e se abraça ao aliado da governadora.

Articulado 

O gerente regional de Articulação da Casa Civil, Edson Henrique, segue fazendo o dever de casa ao ampliar a base de apoio da governadora Raquel Lyra e conquistar novas lideranças no Sertão. Ele anunciou a adesão da vereadora Adriana do Hospital, de Solidão, terceira mais votada em 2024. A parlamentar se junta às vereadoras Adriana de Agenor e Adileuza Godê, consolidando as três representantes do município no palanque de Raquel para 2026, fruto da articulação de Edson. Tá fazendo o dever de casa, garantindo bases pra reeleição de Raquel. E teve gente de Serra que disse que o “menino” não tinha peso pro cargo.

Precisa andar

O governo estadual precisa efetivar os braços da comunicação anunciados para atuar nas diferentes regiões do interior. No Pajeú ainda é discreta a atuação de Mário Viana como intermediador da Secretaria de Comunicação. Com exceção das mídias estaduais que são distribuídas pelo governo, pouco se vê das ações regionais. Tem que melhorar. O relógio não espera.

Fato ou boato?

A semana passada foi marcada pela troca de acusações entre a presidente da associação da Serrinha, Kátia Galvão e o vereador Zé Negão. No meio da arenga, um caminhão pipa. Kátia diz que Zé não queria entregar o caminhão a ela, Zé diz que ela é investigada por usar o pipa para se beneficiar nas eleições do ano passado. Quanto à arenga dos dois, eles se resolvem. O que eu quero saber é porque tem nota de combustível paga para esse bendito pipa com dinheiro da campanha majoritária de Sandrinho e Daniel? Tá no inquérito da Polícia Federal.

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Coluna Âncora Política – A semana do fim do mundo para a Frente Popular

A Frente Popular de Afogados da Ingazeira vive o momento mais crucial e delicado de sua história política das últimas duas décadas. O grupo vive a expectativa dos prováveis desdobramentos da audiência instrutória do Caso Jandyson Henrique, marcada para esta terça-feira (18), a partir das 14h, no Fórum local.

A audiência instrutória coloca o bloco governista em tensão máxima. O indiciamento do ex-secretário por crime eleitoral, caixa 2 e compra de votos não é um episódio isolado, mas um ponto crítico que pode atingir diretamente o prefeito Sandrinho Palmeira e o vice Daniel Valadares.

O caso é considerado grave nos bastidores e, se confirmado pela Justiça Eleitoral, pode resultar na cassação da chapa, abrindo caminho para a primeira eleição suplementar da história de Afogados, um baque político para um grupo acostumado a vencer, a se manter unido e a ditar o ritmo da política local, como disse abertamente um dos cabeças, Ney Quidute, em entrevista na Pajeú: “Vamos vencer de novo”.

Se houver a temida cassação, o desafio da Frente Popular será duplo. Além de tentar construir em pouco tempo uma candidatura competitiva, o grupo ainda enfrentará o desgaste de carregar o carimbo de corrupção eleitoral, algo que pesa diante de um eleitorado atento. A imagem abalada e o prazo curto jogariam contra um projeto político que, pela primeira vez em muitos anos, se vê realmente ameaçado.

Considerando tal cenário de cassação, a pergunta que todo mundo faz há alguns meses é quem será o candidato apresentado para encarar a oposição na eleição suplementar? Nos bastidores já marcam território nomes como Vicentinho, atual presidente da Câmara, e Arthur Amorim, secretário de Saúde. A viúva de José Patriota, Madalena Leite, também é citada, mas tem se mantido discreta e reclusa desde a morte do marido há cerca de um ano.

Será?

Diante do risco iminente de cassação de Sandrinho e Daniel, um nome curioso foi citado ao blog como a melhor opção para encarar Danilo numa eleição suplementar: Totonho Valadares. A dúvida é se Totonho teria condições de saúde para encarar novamente uma eleição acirrada. Na justificativa, seria um mandato curto, somente para impedir a ascensão da oposição e garantir a sobrevivência da Frente Popular.

Negou 

Em entrevista ao Rádio Vivo da Pajeú, o ex-prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota, desconversou ao negar que tenha se reunido com o prefeito Sandrinho Palmeira, de Afogados, e com a prefeita Márcia Conrado, de Serra Talhada, para barrar o avanço da candidatura de Marconi Santana. O encontro misterioso aconteceu em Flores, na casa de Luiz Heleno. Disse que a turma toda se encontrou para traçar estratégias para o PSB na região. O detalhe é que tinha gente de tudo que é partido lá. Fosse um encontro meramente pra discutir o PSB, teria acontecido na casa do próprio Anchieta, em Carnaíba.

Negou 2

Anchieta também negou que exista qualquer “ciumeira” pelo fato de Adelmo Moura ter sido escolhido para coordenar a campanha de João Campos na região do Pajeú. A especulação ganhou força depois que nomes ligados ao próprio Anchieta passaram a divulgar críticas a Adelmo e a defender que o ex-prefeito de Carnaíba seria o nome mais adequado para tocar a campanha de João.

Da crítica…

Em Custódia, o vereador Cristiano Dantas acusa a gestão do prefeito Manoel Messias de gastar quase meio milhão em bancas de feira para o mercado público. Segundo ele, são as bancas de feira “mais caras do mundo”. Quase dez mil cada uma. Ele critica que em contrapartida, os agentes de saúde do município estariam há cinco anos sem EPIs.

Aos elogios

Também em Custódia, dois exemplos merecidos de destaque. Primeiro, a presença de uma tradutora e interprete de libras durante as sessões na Câmara de Vereadores. Segundo, a iniciativa do prefeito Messias de reformar um prédio espaçoso e implantar um centro de atendimento animal na cidade. Dois exemplos que deveriam ser seguidos na região.

Boa iniciativa

Depois de muitas polêmicas, o vereador Mário Martins apareceu com uma boa proposta para Afogados. Ele quer criar um memorial do cangaço na cidade. A ideia é muito boa, porque independente de quem ama ou odeia o cangaço, o tema é um fato histórico importante e pode trazer bons frutos para a região. Temos figuras históricas lendárias praticamente esquecidas aqui, como o cangaceiro Antônio Silvino, natural da Colônia, comunidade que fica na divisa entre Afogados e Carnaíba. Se o cangaço sustenta o turismo de regiões distantes do seu berço natural, porque o Pajeú não aproveita economicamente? O memorial é uma excelente ideia.

Torre de Babel

Os aliados de Raquel Lyra precisam melhorar a relação interna e unificar o discurso para fortalecer a figura da governadora no Pajeú, região onde só terão bom desempenho eleitoral se falarem a mesma língua. Apesar de ser natural que cada liderança busque seu espaço, a divisão atual enfraquece o grupo, como ficou evidente na disputa de protagonismo pela vinda da Carreta da Mulher para Afogados da Ingazeira, quando cada um tentou assumir o volante político da ação. O importante é que essas lideranças unam forças em benefício da população. Nessa história, ponto para a oposição de Afogados e para o deputado Luciano Duque.

Casa de ferreiro, espeto de pau –  Em Serra Talhada, o governo da prefeita Márcia Conrado, que é cirurgiã-dentista, está sendo acionado na Justiça pelo Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (CRO-PE) após lançar um edital oferecendo apenas R$ 1.600 para dentista e R$ 1.500 para auxiliar de saúde bucal, valores abaixo do piso salarial da categoria. O que será que o marido da prefeita, o também odontólogo Breno Araújo, tem a dizer sobre tamanha desvalorização?

Gestão desastrosa

Falando em Márcia, pesquisa do respeitado Instituto Múltipla, em parceria com o Farol de Notícias, mostrou a verdadeira face da gestão desastrosa da petista em Serra Talhada. A aprovação está em queda livre, enquanto a rejeição sobe mês a mês. A explicação: a prefeita abandonou a cidade para fazer a campanha antecipada do marido a estadual. Quem mora lá diz que ela não dá mais as caras. Os problemas se acumulam, os secretários batem cabeça, e o povo amarga a decepção de ter reelegido uma figurante de redes sociais.

Calo no sapato

A análise do Múltipla revela o que todo mundo já sabe: a péssima gestão da sogra Lisbeth Rosa na saúde é o pior calo no sapato de Márcia. A pasta está envolvida em inúmeros escândalos e investigações. O Ministério Público abriu inquérito para apurar denúncias graves de favorecimento para a alta sociedade de Serra. A chamada “farra da bariátrica” envolve cirurgias bariátricas, estéticas e partos para pessoas ricas pagas com recursos da Secretaria de Saúde, conforme a denúncia. Se o MP agir dentro da lei e as denúncias forem comprovadas, Márcia e Lisbeth serão enquadradas por improbidade administrativa. O escândalo deverá ser usado contra a campanha de Breno Araújo, filho de Lisbeth. O porquê de Márcia manter a sogra problemática no cargo, só Deus sabe.

Disparados

O deputado Luciano Duque lidera com folga a disputa para estadual em Serra Talhada. Ele tem 46% das intenções de voto, seguido por Sebastião Oliveira com 23% e Breno Araújo com 11%. Para federal, Miguel Duque lidera com 31% das intenções de voto, seguido por Charles de Tiringa com 13%, Waldemar Oliveira com 12% e Fernando Monteiro com 10%. Se Márcia não reagir, será engolida pelos Duques. Os números são do Instituto Múltipla/Farol de Notícias.

Passando pano

É vergonhosa a atuação da Câmara de Vereadores de Serra Talhada no que diz respeito à falta de fiscalização à gestão de Márcia Conrado. A impressão que passa é que a Câmara está de cócoras para Márcia, incapaz de fiscalizar ou cobrar da gestora responsabilidade com os recursos públicos e com a gestão dos problemas que se acumulam na cidade. Enquanto Márcia corre trecho para eleger o marido, Serra Talhada está afundada em problemas e débitos. Informações reveladas recentemente pela imprensa local mostram que a prefeitura, além de ter fechado o ano de 2024 no vermelho, não vem fazendo repasses previdenciários milionários, deixou os servidores com o nome sujo por não repassar os consignados, além de outros problemas que se acumulam. Enquanto isso, na Câmara, os vereadores governistas se juntaram para impedir que a prefeita Márcia Conrado fosse convocada para prestar esclarecimentos na Casa. O estatístico Ronaldo Falabella, do Múltipla, resumiu bem: “Política rasa de Sucupira”.

Fato ou boato?

O ex-líder e defensor ferrenho da prefeita Márcia Conrado, Gin Oliveira, estaria terrivelmente arrependido de ter defendido a prefeita tão apaixonadamente e colecionado desafetos por causa dela em Serra Talhada. Hoje, sem mandato e sem prestígio, estaria sendo sufocado por ela de todas as formas.

Recado dado

“Eu tenho nome, tenho CPF, tenho telefone próprio. Não irei a reboque”. O recado é da vereadora afogadense Gal Mariano. Para bom entendedor…

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Coluna Âncora Política – Com Juliana Lima

PSB sem liderança no Pajeú – Com a morte de José Patriota, ficou evidente que o PSB perdeu força na região do Pajeú. O partido já não exerce a hegemonia de antes, não reúne a maioria dos prefeitos e teve de fatiar suas bases políticas na disputa pela Alepe.

Em Afogados, o apoio será para Waldemar Borges. Em Solidão, o nome é Bruno Marques. Em Itapetim, o partido apoiará Romerinho Jatobá. Em Ingazeira e Carnaíba, o escolhido é Diogo Moraes, que migrou para o PSDB numa arrumação política na Alepe. Falta apenas a definição da oposição de São José do Egito.

Com a retirada da candidatura de Adelmo Moura e o fatiamento das bases, o partido até pode garantir a votação desejada para os candidatos, mas, em termos de liderança, perdeu terreno em uma região onde a governadora Raquel Lyra conta hoje com a maioria dos prefeitos.

Candidato pesado

Um governista confidenciou no final de semana uma insatisfação da base governista com a “escolha” de Waldemar Borges. O nome é pesado pra carregar.

Faca de dois gumes

E por falar em Waldemar Borges, a escolha pode representar uma faca de dois gumes para o vice-prefeito Daniel Valadares, que anseia ser o candidato à sucessão de Sandrinho. Como Waldemar tem ligação direta com Totonho, essa indicação já sinaliza um favoritismo pelo nome de Daniel na Frente Popular. Mas é bom Daniel não comemorar antes do tempo. Se o grupo governista não entregar uma boa votação ano que vem será um enfraquecimento claro de Sandrinho e do próprio Daniel. Hoje, o prefeito já não tem o grupo na palma da mão. Boa parte dos vereadores despencou para apoiar outros candidatos, o que acende ainda mais o alerta dentro da base.

Confirmado

Fechado com João Paulo Costa, o presidente da Câmara de Afogados da Ingazeira, Vicentinho, leva um grupo robusto para garantir uma boa votação ao deputado no próximo ano. Pelo o que o Blog apurou, a articulação inclui os vereadores Cancão, Cícero Miguel e Douglas Eletricista, além dos ex-vereadores Erickson Torres e Franklin Nazário. Toinho da Ponte não se decidiu, mas está quase fechado. Os entendidos na política local apostam que o grupo entrega pelo menos 1.500 votos para João Paulo, reduzindo a votação do candidato governista Waldemar Borges.

Bastidor 

Corre também nos bastidores que Vicentinho já teria garantido votos suficientes para definir a eleição da Câmara, minando qualquer chance de Raimundo Lima. A dúvida é se o prefeito Sandrinho vai permanecer como espectador dessas articulações ou se decidirá intervir no processo. E caso entre no jogo, se terá força para impedir a reeleição de Vicentinho. “Se Sandrinho quiser ele reverte”, disse um vereador.

Bastidor 2

Comenta-se nos bastidores que Marconi Santana teria cobrado da governadora Raquel Lira o apoio de lideranças do Pajeú. Entre os nomes exigidos estariam Danilo Simões e Edson Henrique, em Afogados. Marconi teria argumentado que o apoio dos dois seria uma resposta à altura ao prefeito Sandrinho, que articulou junto com Márcia Conrado uma ofensiva em Flores para frear o avanço da pré-candidatura de Marconi. A investida não prosperou porque o grupo de Danilo em Afogados já está fechado com Romero Sales.

Dever de casa

Poucas semanas após ser nomeado novo gerente regional de Articulação da Casa Civil, Edson Henrique já conseguiu puxou um apoio importante pra Raquel na região. A vereadora Adriana de Agenor, do PSB, uma das principais lideranças políticas de Solidão, anunciou apoio à reeleição da governadora. No terceiro mandato, Adriana já presidiu a Câmara Municipal por dois biênios, coordena a UVP Mulher e é a parlamentar mais votada da história do município.

Saia justa

O primeiro encontro entre Mário Viana e Edson Henrique após a troca de lugares na Casa Civil foi de saia justa. Eles estiveram neste domingo no aniversário da associação da Serra Vermelha comemorando a chegada da água na comunidade com recurso do governo estadual. Mário chegou no fim do evento, durante o almoço. Já tinha terminado o momento das falas. Mesmo assim discursou para algumas pessoas que estavam almoçando. Não houve nenhum cumprimento entre ele, Edson Henrique e Zé Negão. Itamar França ainda tentou convencê-lo a tirar uma foto com os três juntos, mas não rolou.

Melhor calado

Faltou senso ao pré-candidato Breno Araújo ao criticar os velhos acordos e as velhas práticas na política. Breno ignora que sua esposa, a prefeita Márcia Conrado, foi quem mais protagonizou acordos controversos na política regional nos últimos anos, acumulando rompimentos e alianças em curtos intervalos de tempo. É acusada de trair Luciano Duque, Marília Arraes, Raquel Lyra e Sebastião Oliveira.

Fato ou boato?

Um assessor de um(a) parlamentar esquerdista confidenciou que o prefeito Flávio Marques já estaria de malas prontas para apoiar João ano que vem. Estaria com Raquel hoje apenas para garantir ações pra Tabira. “Romper agora seria burrice, mas na hora certa ele seguira o PT”. Será?

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Coluna do Domingo: Política ambiental jogada no “lixo”

Desde o final de dezembro não se fala em outra coisa em Serra Talhada a não ser a polêmica do lixão a céu aberto interditado pelo Tribunal de Contas de Pernambuco. O local que deveria servir como transbordo temporário se tornou um verdadeiro lixão clandestino nos últimos três anos. 

Inicialmente o terreno era usado apenas para a transferência do lixo dos caminhões compactadores para as carretas encarregadas de fazer o transporte dos resíduos ao aterro sanitário de Salgueiro. Mas, ao longo dos últimos anos, a prefeitura reduziu o volume de lixo enviado aos aterros sanitários e passou a depositar os resíduos diretamente no solo, provocando uma grave contaminação ambiental, conforme relatório do TCE-PE. 

E o mais grave é que a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) tinha conhecimento do lixão, mas fez vista grossa por vários meses em 2023, dando margem para a gestão Márcia continuar jogando lixo no terreno e postergar a implantação da Estação Pública de Transbordo de Resíduos Sólidos Urbanos. 

O escândalo escancarado pelos fiscais do Tribunal de Contas evidencia a fragilidade da gestão ambiental em Serra Talhada. Enquanto o governo fazia publicidade nas mídias sociais e na imprensa sobre os avanços na sustentabilidade, mantinha um lixão clandestino com mais de oito metros de altura.

Curiosamente, a gestão vinha usando a coleta de lixo como propaganda positiva do governo pela eficiência do serviço, maquiando a verdadeira realidade por trás da coleta: o lixo tirado das portas das residências era jogado no solo ao invés de ser enviado para os aterros sanitários de Salgueiro e Afogados da Ingazeira. O motivo: débitos acumulados junto aos dois aterros, conforme apontou o relatório de fiscalização do TCE-PE. Veja o relatório.

Com a desativação do lixão, o governo entrou em parafuso para manter a coleta do lixo produzido nas residências. A semana foi marcada pelo caos na cidade, com lixo espalhado de canto a canto, mau cheiro, tapurus e aves carniceiras sobrevoando os bairros. Choveu reclamações da população. 

A secretária Simone Daniel informou que conseguiu contratar novos carros compactadores para reforçar a coleta e transporte para Afogados. O município também estaria correndo atrás para construir a Estação de Transbordo. Não há prazo definido. 

Não destravou: No comando do município desde janeiro de 2021, a prefeita Márcia Conrado não conseguiu em três anos construir uma estação de transbordo definitiva para evitar a contaminação do solo. Agora, tentando amenizar o desgaste político, o governo tenta responsabilizar a gestão anterior pelo colapso na limpeza pública. É claro que havia problemas com lixo nos governos passados, mas não é admissível tentar se eximir de responsabilidade após três anos no poder. Inclusive, foi comprado um novo terreno no final do governo de Duque para a construção do transbordo. A articulação da compra teria sido feita por Fred Pereira, que à época atuava como auxiliar da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Hoje, aliado de Márcia, Fred pode apresentar o terreno ao governo. Pode ser uma solução.  

Não destravou 2 – Chamada de destravadora de obras pela propaganda do governo, a prefeita Márcia Conrado tem um abacaxi dos grandes para descascar. Apesar dos aliados insistirem que os problemas da coleta de lixo já estão resolvidos, não é verdade. Sem poder mais jogar os resíduos no lixão, a prefeitura provou que não tinha um plano B. Levar o lixo em compactadores com rapidez para Afogados é inviável, considerando a distância de quase 200 quilômetros e as despesas exorbitantes para bancar as inúmeras viagens. Outro entrave é a inadimplência, como constatou o TCE-PE. A informação é que o governo conseguiu pagar ao aterro de Afogados, mas ainda estaria devendo a Salgueiro. 

Fake news do TCE? – A secretária Simone Daniel negou que haja débitos. Ela só não especificou se os débitos inexistentes seriam junto às empresas da limpeza ou aos aterros. “Não existem débitos, é sempre pago mensalmente”, garantiu Simone em entrevista à Rádio Lider FM. Já o secretário de Comunicação, Anderson Tennens, sugeriu que o jurídico da prefeitura acione quem disser por aí que o município está inadimplente. Nesse caso, além de processar o vereador Vandinho, oposicionistas e integrantes da imprensa, a prefeitura vai ter que processar o ex-presidente do TCE, Ranilson Ramos, que assinou o relatório em dezembro constatando os débitos junto ao aterro sanitário de Afogados e às empresas CR Ambiental e Piemonte. 

“A equipe de fiscalização deste Tribunal, diante das irregularidades descritas, evidenciou uma gestão temerária do Município quanto à questão da coleta, transporte e destinação dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), sendo verificado que a Prefeitura se encontra inadimplente quanto aos pagamentos devidos as duas empresas responsáveis pela coleta (CR AMBIENTAL e PIEMONTE), bem como a empresa responsável pelo Aterro Sanitário de Afogados da Ingazeira (ALBERTO BERTO)”. Fonte: TCE-PE. 

Silêncio – A prefeitura ainda tentou disfarçar o caos na limpeza pública. Defensores da gestão (incluindo cargos comissionados) se revezavam nas redes sociais para desmentir informações sobre problemas na coleta de lixo. Mas, não aguentaram por muito tempo. Sem alternativa, tiveram que admitir as dificuldades para manter o calendário de coleta. Por enquanto, anunciaram calendário emergencial válido para este sábado (6). 

Silêncio 2 – Chama atenção o silêncio dos gestores responsáveis pela política ambiental em Serra Talhada. Nem o secretário de Meio Ambiente, Sinézio Rodrigues, e nem o presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Ercilio Ferrari, se manifestaram acerca da poluição ambiental cometida pelo governo Márcia. Mesmo não sendo responsáveis pela limpeza pública, os dois são responsáveis pela agenda ambiental a nível de município. Silenciar não deveria ser uma opção. Será difícil fazer publicidade a partir de agora usando o meio ambiente como plano de fundo.

E o PT? – O partido de Márcia e Sinézio também mantém o silêncio sobre a poluição ambiental e as condições insalubres enfrentadas pelos garis encima de caçambas cheias de lixo, como no século passado. O Partido dos Trabalhadores ainda defende os trabalhadores? Difícil saber. 

CURTAS

Cadê os comprovantes – Terminou o ano e a novela dos consignados segue sem solução em Serra Talhada. O Ministério Público recomendou à prefeitura deixar de reter os valores dos servidores. A prefeitura garante que está pagando e diz que foi erro de algum funcionário dos bancos. É simples: basta o governo apresentar os comprovantes de transferência bancária dos valores às respectivas agências. Se pagou, mostra os comprovantes. Porque já passou da hora do problema ser resolvido. O MP, inclusive, demorou muito para agir. Já deveria ter apresentado ação de improbidade administrativa. 

Insatisfeito – É notório que o empresário Faeca Melo não está feliz com a condução do grupo de Sebastião Oliveira na escolha do nome do Avante em Serra Talhada. Deixado de fora da lista preliminar de possíveis pré-candidatos, Faeca vem soltando indiretas nas redes sociais. Frequentemente aparece em clima de confraternização com governistas. Disse que pode ser candidato. Comenta-se que estaria balançado para fechar com Márcia. Quem sabe não será o vice da petista? 

“Márcia Conrado vai moer a máquina” – A declaração é do secretário de Esporte e Lazer, Helano Peixoto. Ele disse que Luciano Duque não assumiu ainda que é candidato a prefeito porque não teria condições de atender os pedidos das lideranças políticas do município, que acabariam insatisfeitas e correndo para os braços de Márcia. Na visão do secretário, só a prefeita consegue atender as demandas das lideranças por ter a máquina na mão. E garantiu que agora em 2024 “Márcia vai moer a máquina”. Problema é que pela legislação eleitoral usar a estrutura pública para benefício político é crime. 

A IMAGEM DA SEMANA:

Cachorro faminto rasga lixo em busca de alimento. Duas realidades gritantes em Serra Talhada: ruas cheias de lixo e animais abandonados. Até quando? 

 

 

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Coluna da Semana: Calamidade ou má gestão?

Incentivados pela Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), dezenas de prefeitos pernambucanos decretaram estado de calamidade financeira em seus respectivos municípios nesta reta final de 2023. Os prefeitos alegam ingovernabilidade diante das quedas dos repasses federais de FPM e ICMS, mesmo discurso que vem sendo repedido insistentemente pela presidente da AMUPE e prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT).

É fato que as dificuldades financeiras existem e sobrecarregam  os municípios, ninguém está negando isso. Mas é fato também que as crises financeiras sempre existiram, essa não é um caso excepcional. Agora, o que fica evidente é que a maioria dos prefeitos não vinha fazendo uma gestão fiscal exitosa nos últimos anos, realidade atestada pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal – IFGF. Serra Talhada, por exemplo, tem a pior gestão fiscal do Pajeú, evidenciando falta de planejamento e um grave desequilíbrio das contas públicas sob o comando de Márcia Conrado. É matemática básica, não se pode gastar mais do que arrecada.

Márcia, inclusive, entra em contradição constantemente quando fala em crise financeira, mas continua gastando valores exorbitantes com festas e publicidade. Já em meio à queda de repasses do FPM, que ocorreu de julho a setembro, ela realizou uma festa milionária – anunciada como a maior Festa de Setembro de todos os tempos em Serra Talhada, deixando os prefeitos da região abismados. Foram gastos mais de R$ 6 milhões no evento, e quando somados todos os gastos com festas já são uns R$ 15 milhões. Com combustíveis, mais de R$ 20 milhões em três anos. Com publicidade são cerca de R$ 10 milhões, conforme dados do portal Tome Conta do TCE-PE e denúncias do vereador Vandinho da Saúde.

E o mais grave é que os gastos não param. Mesmo com o decreto de calamidade enviado à Alepe, o governo segue anunciando festividades no município. Para os festejos do Natal já tem licitação no valor de R$ 140 mil. Daí fica a pergunta, o que é mais importante em meio à calamidade, comprar luzes natalinas ou pagar aos fornecedores, mediadores e servidores?

Outro detalhe que é preciso ser apontado é o fato dos atuais prefeitos terem pego os cofres dos munícipios abarrotados de dinheiro em virtude da pandemia da Covid-19. O dinheiro chegou. Resta saber como foi gasto pelos prefeitos. Alguns, inclusive, estão na mira da Polícia Federal e dos órgãos de controle por má conduta com os recursos da pandemia.

Cultura bem servida – A Fundação de Cultura de Serra Talhada gastou quase R$ 10 milhões somente em 2023, sob o comando de Josenildo Barboza. A maior porcentagem foi com festas e eventos.

Curiosamente, o movimento cultural da cidade está revoltado com a condução de Josenildo a frente da pasta, principalmente em virtude da Lei Paulo Gustavo. Artistas acusam o governo municipal de ter criado critérios para dificultar o acesso dos fazedores de cultura aos recursos da LPG, contrariando a determinação do Ministério da Cultura.

Morde e assopra – De uma lado, a prefeita Márcia Conrado explora a imagem do presidente Lula, com fotos frequentes postadas com ele nas redes sociais, e por outro mobiliza os prefeitos pernambucanos a decretarem calamidade já no primeiro ano de governo do petista. E olha que ela pretende usar o presidente como principal cabo eleitoral para se reeleger em 2024. Afinal, Lula vem reconstruindo o país ou quebrando os municípios? Uma coisa é certa, a caneta dos municípios não está não mão de Lula.

Prefeitos na bronca – Não são poucos os prefeitos pernambucanos insatisfeitos com a gestão da AMUPE. O fato foi pauta da coluna política da Folha de Pernambuco essa semana, com assinatura da conceituada jornalista Betânia Santana. “Muitos prefeitos têm reclamado que a Amupe lança ideias que até parecem interessantes, mas não orienta os gestores nem acompanha a execução das propostas, o que ganha caráter mais midiático. Também estranharam que a prefeita tenha pedido reconhecimento de calamidade financeira do município, embora saibam de dívidas a fornecedores, e na área da limpeza pública. Só à previdência, seria algo em torno dos R$ 17 milhões. O estranhamento decorre de investimentos na contramão da crise: cerca de R$ 10 milhões com publicidade e outros R$ 15 milhões em festas”, diz a coluna.

Coerência – Quem demonstrou coerência foi o prefeito de Ingazeira e presidente do Cimpajeú, Luciano Torres. Decretou calamidade, mas cortou as despesas supérfluas. Cancelou a festa de emancipação política que aconteceria agora em dezembro e decidiu priorizar os compromissos mais urgentes. “Faz festa quem pode”, disse em entrevista à Rádio Pajeú.

Bom exemplo – Não basta ser prefeito, é preciso ser bom gestor. É o caso de Marconi Santana, de Flores, que antecipou o pagamento integral de todos os servidores e bolsistas em novembro. Em Afogados, Sandrinho Palmeira vem passando um aperto grande, mas evita gastos desnecessários, é averso à ostentação e honra o pagamento dos servidores.

Dinheiro chegou – O governo federal liberou na quinta (30/11) a recomposição orçamentária das perdas do FPM para os municípios brasileiros. Para Pernambuco são R$ 205,1 milhões. Sabendo fazer gestão e cortando gastos desnecessários, não há necessidade de decretar calamidade. A não ser que o interesse de alguns seja empurrar os débitos com a barriga, não repassar contribuições previdenciárias, manter as prefeituras inchadas para evitar desgaste às vésperas da eleição e mesmo assim não se pegos pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. Esse decreto é um verdadeiro cheque em branco que a Alepe está dando aos municípios. Já tem fornecedor desesperado com medo de não receber mais e sequer poder cobrar.

Polêmica da semana – A semana foi marcada pela notícia da vinda de mais um curso de Medicina para Serra Talhada. O que era para ser um sonho para os estudantes mais carentes, pode ser tornar um pesadelo. O curso está sendo liberado para o município, através da AESET, mas está sendo negociado para acontecer numa faculdade particular. Para vereadores da base e oposição, é um verdadeiro escândalo. Até agora o governo municipal preferiu silenciar sobre o assunto. A AESET nega que tenha fechado acordo com a FIS, mas esqueceu de combinar com a FIS para não anunciar antes do tempo. Na porta da faculdade já tem a placa divulgando a chegada do curso de Medicina.

Sem segredo – Diferente de Serra Talhada, que tentou esconder a história do curso de Medicina, em Afogados o prefeito Sandrinho saiu na frente e comemorou a chegada do curso para a cidade. Está sendo liberado para a UNIFIP – antiga Faculdades Integradas de Patos, com total apoio do governo municipal, como tem que ser. O que não pode é ser liberado para a autarquia e terceirizado para a iniciativa privada.

Censura – A cúpula do governo Márcia proibiu a assessoria de comunicação da gestão de enviar as informações institucionais do município para o Blog Juliana Lima. O secretário de Comunicação, Anderson Tennens, ainda tentou agir corretamente e distribuir as pautas para todos os veículos de imprensa sem distinção, mas foi desautorizado. Essa é a nova democracia petista.

 

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Coluna da Segunda

Os planos de Márcio Oliveira

Político respeitado em Serra Talhada pelo comportamento exemplar e pela lealdade, o vice-prefeito Márcio Oliveira está se projetando para o futuro ao se filiar ao Partido dos Trabalhadores, legenda que elegeu os últimos dois prefeitos da cidade por três eleições consecutivas.

Correto como costuma ser em tudo que faz na vida pública, Márcio chegou ao partido respeitando o Diretório Municipal e buscando diálogo com a presidente Cleonice Maria, com quem já vinha conversando há um tempo, até a oficialização na sexta-feira (17).

Com seus dois mandatos de vice terminando, Márcio poderia muito bem voltar a disputar uma vaga na Câmara Municipal, mas ele já disse que não disputará as próximas eleições, o que deixa muita gente intrigada. Ora, se não pretende disputar as eleições, porque já se filiar ao PT? É um verdadeiro mistério. Ou não.

Nos bastidores corre a informação que Márcio almeja disputar uma vaga para estadual em 2026 com o apoio de Márcia, caso ela seja reeleita. Esse seria o principal motivo da mudança para o PT. Estando no partido da prefeita, teria toda a estrutura da legenda para entrar na disputa como deputado do grupo governista, já largando com uma boa vantagem. Se acontecer, poderá frustrar os planos de muita gente que está de olho na vaga de estadual no grupo da petista.

Passou batido

Acostumada a registrar tudo em tempo real nas redes sociais, Márcia não se manifestou sobre a chegada de Márcio ao seu partido, o PT. Não há nenhum post de boas-vindas no feed do Instagram, nem tampouco ela o acompanhou durante a filiação no Museu do Cangaço. O fato despertou curiosidade, uma vez que Márcio é seu fiel aliado. O esperado era que a prefeita o acompanhasse e abonasse a filiação, como de costume.

Pau pra toda obra

Depois de aparecer cortando a grama do Estádio Pereirão, o secretário de Esporte e Lazer, Helano Peixoto, passou o sábado distribuindo água na zona rural. Sábado Solidário é o nome do programa de Helano. O slogan: “Minha prioridade é atender a sua necessidade”. Num calor desse, água nunca é demais.

Filho de peixe

O jovem advogado Miguel Duque não esconde a paixão pela política e deverá seguir os passos do pai, Luciano Duque. Na primeira entrevista dele se saiu até bem. Foi neste fim de semana na TV Farol. Não admitiu pré-candidatura, mas disse que está à disposição para contribuir com o grupo de Duque, seja como advogado ou não. Já tem gente dizendo que ele botou mais tempero na política de Serra. Teve também gente compartilhando fakes sobre as declarações de Miguel, tentando criar uma saia justa para Ronaldo de Dja, hoje o pré-candidato apoiado por Duque.

Mais gente chegando

Além de Márcio, o vereador China Menezes está de malas prontas para desembarcar no PT. Ele confirmou ao blog que tem interesse e já abriu diálogo com a presidente Cleonice Maria. “Estou vendo a possibilidade de ir, mas nada certo ainda”, disse. Se ele for, irá se juntar a Mané e Rosimério, além de um batalhão de pré-candidatos. A disputa não será fácil.

Clima bom

Por falar em China, o vereador esteve na sexta no lançamento deste blog no Museu do Cangaço. Deixando a política pequena de lado, não se negou a ser fotografado batendo um papo com o deputado Luciano Duque. Afinal, nem tudo na vida deve ser guiado pela política, ou seria “politicagem”. Diferente de China, tem gente ligada ao governo que corre de um click com Luciano igual o diabo corre da cruz. Acho que a presença de Nill na foto amenizou os riscos.

A bênção do mestre

Amigo de longas datas, o comunicador Nill Júnior nos deu a honra de “palestrar” no lançamento deste blog na sexta-feira (17), no Museu do Cangaço. Respeitado em toda região por sua conduta correta e jornalismo autoral, Nill falou sobre a importância da blogosfera para a comunicação regional. Atraiu a plateia do início ao fim. Mestre é mestre. Ter a benção e o respaldo de Nivaldo Alves Galindo Filho na construção desse projeto é uma honra.

Olhando do céu

E por falar em mestre, não poderia deixar de dedicar esse projeto ao eterno Anchieta Santos. Se Nill me ensinou o bê-á-bá do jornalismo, Anchieta foi meu maior incentivador profissionalmente. Pouco antes de partir, tinha brigado comigo por tá fora do rádio e pautando apenas assessorias. Tenho certeza que ele tá lá no céu torcendo por mim e reparando se eu tô fazendo tudo certinho.

Milagres acontecem

Arrancar André Luis, Marcos Oliveira e Ranilson Clebson de casa numa sexta-feira à noite pode se dizer que é um milagre. Os três estiveram no lançamento do blog. Em nome deles estendo meus agradecimentos a todos os colegas de profissão que passaram por lá.  Joãozinho Telles, Guilherme Azevedo e Sebastião Costa, gratidão.

A tragédia argentina

O povo argentino cometeu um verdadeiro crime contra si próprio ao eleger o extremista Javier Milei para presidente neste domingo (19). Ultradireitista assumido, Milei defende a venda de órgãos humanos, ataca os direitos individuais das mulheres, defende armas de fogo e chama a justiça social de aberração. Os argentinos vão precisar de sorte.

BOA SEMANA!

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