Membros da chapa do Sintest que renunciaram lançam nota com críticas à posse de Veraluza e a Duque
O grupo de professores eleitos para a nova diretoria do Sintest que apresentaram carta de renúncia no final de dezembro divulgaram uma nota de desagravo com críticas à solenidade de posse da nova presidente Veraluza Nogueira, realizada na tarde da última quarta-feira (10), na Câmara de Vereadores.
Na nota, os professores desistentes fazem referência à uma politização do evento, que contou com a presença da prefeita Márcia Conrado, do deputado estadual Luciano Duque e alguns vereadores da situação e oposição.
A crítica mais dura foi ao deputado Luciano Duque, que durante o evento condenou uma suposta tentativa de golpe que estaria sendo maquinada para tentar impedir a posse de Veraluza. Os desistentes garantem que não fizeram parte de nenhuma tentativa de golpe. “Entre os trabalhadores em educação não existe golpistas. Renunciamos porque temos responsabilidade”, afirmam na nota.
NOTA DE DESAGRAVO
De forma acintosa e irresponsável, alguns políticos oportunistas compareceram a posse do SINTEST. Tutelaram a insanidade e a irresponsabilidade. Os mesmos políticos que quanto estão no poder, sempre trabalham pelo desmantelamento das organizações dos trabalhadores.
A ausência da categoria, e dos filiados, foi o ponto máximo do evento. Mesmo assim, ensandecidos para conquistar votos de incautos não vislumbraram que erraram o alvo, vez que essa categoria é composta de formadores de opinião e não se deixa enganar por cômicos saltimbancos da política, visto que a dita posse foi totalmente ofuscada, se transformando em desfile de vaidades com vistas às eleições municipais de 2024.
Os profissionais de educação tem memória e lembram muito bem da última greve que foi judicializada por duas vezes. Poucos desses vereadores apoiaram nossas reivindicações, sem falar de inúmeras votações contra a categoria, inclusive rebaixando nossas conquistas no PCC (Plano de Cargos e Carreira).
Pois bem, a dita posse se deu ao lado de nossos eternos algozes. Mostrando parte da categoria que sequer tem consciência de classe. A pompa e a ostentação da posse foram a vitória da fragmentação da categoria. Vitória dos verdugos dos trabalhadores em educação.
Mas o ponto mais alto do “banquete” da insanidade foi o discurso da desfaçatez de um, certo deputado estadual, bradando o seu bafejo de onipotência. Elevou o tom de golpismo, indiscriminadamente, contra a maioria da categoria que não se fez presente. Ademais Sr. Deputado, de golpismo a excelência e o protagonismo pertence ao Sr. Que o diga o ex-prefeito que lhe antecedeu. O Sr teve a insolência de citar a ex-presidente Dilma, mas foi exatamente o Sr. Que no dia seguinte ao golpe estava de mãos dadas com o golpista Michel Temer. O deputado parece não ter retrovisor e não ter passado. Por quantos partidos políticos o senhor já passou?
Entre os trabalhadores em educação não existe golpistas. Renunciamos porque temos responsabilidade Sr. Deputado.
Nossa maior tarefa a partir deste momento é trabalhar para buscar um ponto de convergência para construção da unidade de uma categoria já bastante fragmentada. Conclamamos todos a partir de agora refletir e começar a construção da harmonia nas nossas ações futuras.
O tempo é senhor da razão.
Subescrevem essa nota.
Luciene Alves Pereira
Ana Paula de Melo Magalhães
Vanessa Gabrielli Cipriano de Souza
Josevânia da Silva Vieira
Maria Aiane Lopes Gomes