Vicentinho admite distanciamento com o governo Sandrinho

“Sinto que estou sendo distanciado”, disse Vicentinho sobre o governo Sandrinho. A entrevista foi concedida aos comunicadores Juliana Lima e Júnior Cavalcanti.
Convidado do Programa Rádio Vivo da Rádio Pajeú nesta quinta-feira (13), o presidente da Câmara de Afogados da Ingazeira, Vicentinho (PSB), admitiu haver um distanciamento entre ele e o governo do prefeito Sandrinho Palmeira (PSB).
Questionado sobre a ausência em eventos importantes ligados ao governo e ao PSB, revelou que não vem sendo convidado em algumas ocasiões. Ainda, que nomes do grupo governista teriam tentado caçar seus votos na eleição e agora estariam atuando para distanciá-lo do prefeito. “Sinto que estou sendo distanciado, não é algo que partiu de mim. Acredito que o governo precisa se preocupar mais em trabalhar em conjunto com a Câmara”, afirmou.
Também endossou o coro da dificuldade de contato com o prefeito Sandrinho. “Quando nos encontramos, a convivência é ótima, mas ele tem o defeito de não atender o telefone”. Revelou ainda que houve tentativas de inviabilizar sua indicação para a presidência da Câmara. “Sandrinho preferia que Raimundo Lima assumisse primeiro, mas chegamos a um acordo. Agora, se Raimundo quiser a presidência, terá que conquistar os votos dos vereadores”, disse.
Outra revelação foi em torno da relação com o deputado federal Pedro Campos, a quem apoiou nas últimas eleições. Disse que Pedro veio duas vezes a Afogados recentemente e não o procurou, só tomando conhecimento das visitas pelos blogs. “Pedro já esteve em Afogados duas vezes este ano e não me procurou. Quero um deputado que também me ajude a atender as demandas da população”, ressaltou, alegando que a permanência do apoio ao deputado irá depender de uma conversa franca entre os dois.
Filiado ao PSB, Vicentinho afirmou que não pretende mudar de partido, mas não descartou a possibilidade de deixar a sigla no futuro. “A janela de contratação ainda não abriu. Vamos esperar para ver como as coisas se desenrolam”, disse ele, não fechando as portas para nenhuma possibilidade futura.
Ouça a entrevista na íntegra: