Câmara de Serra Talhada blinda Márcia e rejeita requerimento que pedia explicações sobre rombo na Previdência
A Câmara de Vereadores de Serra Talhada viveu nesta semana um dos seus movimentos mais explícitos de blindagem à prefeita Márcia Conrado (PT). A base governista rejeitou o Requerimento nº 072/2025, apresentado pelo vereador China Menezes, que solicitava a ida da gestora ao Legislativo para “prestar esclarecimentos acerca de possíveis irregularidades na gestão de recursos do município”, valores que, segundo o parlamentar, podem representar “risco à saúde financeira do município e ao futuro dos servidores”.
A recusa ocorre em meio às investigações sobre recursos não repassados ao Instituto de Previdência, que indicam um rombo milionário na administração municipal. Apuração do Blog Júnior Campos mostra que o TCE voltou a analisar uma auditoria sobre o uso irregular de R$ 24 milhões do fundo previdenciário de ST. O conselheiro Rodrigo Novaes pediu vistas. O caso é um dos processos mais relevantes envolvendo a gestão previdenciária da Prefeitura de Serra Talhada. A auditoria especial (2020–2023) investiga a condução do regime próprio de previdência municipal e as ações adotadas para garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do fundo. Entre os interessados estão a prefeita Márcia Conrado e a secretária municipal de Saúde, Lisbeth Rosa de Souza Lima.
Além de impedir a convocação da prefeita, a Câmara ainda marcou uma coletiva de imprensa para justificar por que não permitirá que Márcia Conrado vá ao plenário explicar problemas relacionados à gestão dos recursos públicos de Serra Talhada. O gesto reforça a postura do Legislativo, que além de não cobrar esclarecimentos sobre apontamentos feitos por órgãos de controle, dá sequência a uma ofensiva política contra o vereador China Menezes dias após a própria Casa ter atacado a imprensa local, chamando veículos de comunicação de “fuxiqueiros”.








