Mãe culpa cuidadora pela morte do filho de dois anos em Tabira

Em conversa exclusiva com o Blog Júnior Campos, a mãe da criança assassinada em Tabira comentou o caso que chocou a região neste domingo (16). O menino Arthur Ramos Nascimento, de apenas dois anos, foi agredido, violentado e morto na casa de uma cuidadora identificada como Giselda, no Bairro João Cordeiro.
O CASO
Segundo informações levantadas pela produção do Programa Cidade Alerta, da Rádio Cidade FM, o corpo da criança foi encontrado por uma vizinha, que desconfiou do fato de Arthur ter passado o dia todo deitado. Ela foi verificar, encontrou o corpo do menino gelado e o levou para o Hospital Municipal de Tabira. A criança deu entrada na unidade já sem vida e com sinais de violência.
No hospital foi identificado que ele apresentava lesão no ânus, pênis, cortes na testa, queixo e possivelmente o braço quebrado. “Ele chegou todo arrebentado. Ele foi estuprado e muito torturado”, detalhou um profissional do hospital à Cidade FM.
A VERSÃO DA MÃE
Na conversa com o Blog Júnior Campos, a mãe do menino, identificada como Giovana, relatou que costumava pagar a Giselda para ela cuidar do menino quando se ausentava para trabalhar nos finais de semana.
“Eu mandei dinheiro pra remédio. Ela disse que o menino deu bobeira, fez um corte no queixo. Até aí tudo bem, porque é normal criança se machucar, né? Meu filho estava com o braço quebrado, foi estuprado, bateram na cara dele. Isso porque ele tava com o braço quebrado”, afirmou.
Ela informou ainda que a cuidadora demonstrava sinais de querer tomar a criança para si. “Eu esperava minha mãe no Recife pra nós descermos juntas. Ela já sabia. Ela fez tudo isso de plano pensado. Porque ela sabia que eu ia chegar, que eu ia ver o menino machucado. Ela já sabia. Ela fez tudo isso de plano pensado. Ela criou olho gordo em cima do meu filho. Ela achou que ia fazer a minha mente pra mim deixar o meu filho com ela. Mas não. Eu prefiro o meu filho na mão da minha mãe”, desabafou.
Após o crime, Giselda e o marido desapareceram. “Os dois sumiram. Se não tivessem culpa, por que fugiram?”, questionou Giovana. Ela ainda revelou que um dos filhos de Giselda foi detido no hospital para forçá-la a aparecer. “Minha mãe disse que seguraram um filho dela lá no hospital pra ela aparecer”, contou.
HISTÓRICO DE MAUS-TRATOS
Falando ao Programa Rádio Vivo, da Rádio Pajeú, nesta segunda-feira (17), o comunicador Júnior Alves disse ter recebido a informação que já havia diversas ocorrências de maus-tratos e negligência contra a criança registradas no Conselho Tutelar de Tabira. Em uma ocasião, a criança teria sido encontrada vagando sozinha em um terreno baldio nas imediações do Bairro de Fátima.
INVESTIGAÇÃO
Até o momento a Polícia Civil de Tabira ainda não divulgou nenhuma informação oficial acerca do caso. O delegado plantonista do final de semana na Delegacia de Tabira foi o Dr Leandro Mai, titular de Afogados da Ingazeira.